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sábado, 19 de abril de 2008

Sim, existe aldeia indígena na cidade de São Paulo.

Outro dia um gringo me perguntou se ainda existiam índios no Brasil. Sim, resposta simples, mas poucas pessoas sabem que existe aldeia indígena na Cidade de São Paulo.

Ao longo de 500 anos que se seguiram ao descobrimento do Brasil, as tribos indígenas passaram por um processo de quase extinção. Hoje, no Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira. Este dado populacional considera somente aqueles indígenas que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, além destes, haja entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas, até mesmo em áreas urbanas. Há também 63 referências de índios ainda não-contatados, além de grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto à Fundação Nacional do Índio (Funai).

No Estado de São Paulo vivem atualmente cerca de 5 mil indígenas espalhados em 28 aldeias, os povos Guarani, Terena, Kaigang e Krenak estão espalhados em comunidades na região centro-oeste, no Vale do Ribeira, na Capital, e nos litorais Norte e Sul. "Há também índios que moram na Capital e trabalham lá, mas não vivem em aldeias nem têm terra definida. É o caso dos Pankararu. São mais de 1.500 índios originários de Pernambuco e que estão na Capital há muitos anos". Além dos Pankararu, moram na região metropolitana de São Paulo os Fulniô, Xavante, Xucuru, Xucuru-Kariri e Pankararé.

Ao todo, são 17 mil hectares de terras indígenas no Estado. A maior reserva fica na cidade litorânea de Mongaguá. Trata-se da terra Aguapeu, com 4.500 hectares. Mas há situações precárias de demarcação de terra, principalmente na cidade de São Paulo.

Bem, a novidade é que a aldeia Barragem, no bairro de Parelheiros, zona Sul de São Paulo, vai participar do Programa Pró-Lar Moradias Indígenas, PMI, do Governo do Estado de São Paulo para garantir atendimento habitacional às populações indígenas. Casas de alvenaria convivem lado a lado com edificações tradicionais guaranis.

Pelo programa, as casas antigas são substituídas por unidade habitacional nova, com características adequadas aos usos e hábitos culturais das comunidades indígenas. As tipologias especiais são desenvolvidas pela CDHU ou pelas Prefeituras Municipais, com participação das comunidades. Em todas as casas, existem fogão a lenha.

A Funasa e a Funai prestam assessoria à CDHU. A Funasa exige que todos os aldeamentos possuam rede de abastecimento de água e sistema de esgotamento sanitário (fossa séptica, filtro e sumidouro). Os filtros e os sumidouros ajudam a lançar os dejetos despoluídos na natureza, evitando a contaminação do meio ambiente.

As casas construídas para a aldeia Morro da Saudade obedecem às regras guaranis. A parte da frente é ovalada e voltada para o sol poente, enquanto o fundo é quadrado e voltado para o sol nascente. Já a casa de reza é totalmente construída em pau a pique e com telhado de sapé. Na aldeia, que dispõe de 23,6 hectres de terras, convivem 880 pessoas.

O primeiro projeto do PMI foi entregue em 2003, no município de São Sebastião, na Aldeia Rio Silveira, as casas têm 47,14 metros quadrados e um dormitório. As de dois dormitórios têm 57,14 metros quadrados e seu formato é ovalado. As casas das aldeias localizadas no litoral paulista (São Sebastião, Mongaguá, Itanhaém e Ubatuba) têm as características tradicionais fortemente preservadas. Em alguns locais, os telhados ainda são de sapé.

Ainda este ano cada uma das três aldeias Guarani na Capital passará por um processo de ampliação do território em 100 hectares. A população Guarani é a maior do Estado. Apesar da proximidade junto à população urbana, o índio Guarani ainda preserva muito sua cultura. Historicamente esse povo habitou o litoral brasileiro, do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro. No entanto, a Funai não tem estimativa sobre o percentual de índios dizimados ao longo dos anos.

Hoje o que se registra é um crescimento da população indígena. Felizmente isso tem acontecido não só em São Paulo, mas no Brasil inteiro. Já se fala em torno de 470 mil índios que vivem em aldeias em todo em país. Retirei as informações do DOE/SP - http://www.saopaulo.sp.gov.br acesso 14/05/2007

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